Dados revelados pela FABUS – Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus – destaca a venda de 1403 ônibus para as empresas que atuam no transporte rodoviário regular de passageiros, nos últimos seis meses
Com a proximidade da edição de um novo marco regulatório da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), previsto para ser finalizado em outubro, o setor regular de transporte de passageiros já mostra sinais de otimismo e volta investir fortemente na renovação e ampliação de suas frotas. Segundo dados divulgados pela FABUS (Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus), entre janeiro e julho deste ano, as empresas que realizam o transporte regular de passageiros compraram 1403 novos ônibus. O número é 73% maior que o mesmo período do ano passado, quando foram vendidas 811 unidades. “Tendo em mente que cada ônibus representa a geração de até 15 empregos na cadeia do transporte em linhas regulares, observamos ótimas perspectivas também para a empregabilidade no setor”, destaca Letícia Pineschi, conselheira e porta-voz da Abrati (Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros), entidade que reúne as principais empresas de ônibus regulares do País.
De acordo com a associação, o mercado regular de transporte de passageiros vinha sofrendo os impactos da atuação do transporte clandestino digital, realizado por meio de aplicativos, que operou favorecido pela baixa fiscalização durante a pandemia. No entanto, com a mudança do cenário jurídico e regulatório, o mercado já mostra sinais de recuperação. “A firme reação do judiciário contra a ilegalidade e a iminente edição do novo marco regulatório dos transportes, que exigirá saúde financeira das empresas, programas claros em reforço da segurança nas viagens e estrutura operacional para autorizações nessa modalidade de transporte, nos favorece, pois reafirma a abertura de mercado e gera um ambiente concorrencial sadio”, ressalta Pineschi.
Para a executiva, o salto no investimento é uma clara mensagem do empresariado do setor sobre a confiança proporcionada pela segurança jurídica, assegurada numa regulamentação simples, porém bem definida, que começou a ser desenhada com a aprovação da lei 14.298/22 que contêm premissas para nortear a elaboração da nova ordem regulatória para o setor de transporte de passageiros nos segmentos interestadual e internacional.
